Pode-se encontrar poesia em todos os pequenos cantos do dia. Uma foto perdida na galeria do celular, um lembrete nas notas sobre “espelhos e reflexos”, a frase filosófica de um amigo durante uma conversa no Whatsapp, às vezes, até mesmo em um refrão de música que toca na rádio enquanto o Uber conversa contigo sobre o seu mais novo relacionamento fracassado. E, para uma mente inquieta, parece que a melhor decisão é transformar essas variáveis do cotidiano em verso. É caçar essas estrelas, que vagueiam ao redor da cabeça, dançando sobre os olhos e transportá-las para o papel. Nessas páginas reinam poemas escritos ao longo de um ano, no meio da pandemia de Covid-19, quando a população mundial se encontrou num limbo: voltar ou não voltar ao antes de tudo. E, rapidamente, caímos dentro do mundo subjetivo de uma jovem escritora, acompanhando os fragmentos de vida de alguém que vê o mundo pela música e que deu os seus primeiros passos à realidade adulta no meio desse caos. Logo, a única decisão coerente a se tomar mais uma estrela dentro de seus poemas, deixando que o imaginário se misture com o real e forme versos de auto aceitação, de amor próprio e de descobrimento.