A trama se passa no interior de Santa Catarina e é narrada pelo protagonista que permanece anônimo do início ao fim da história, o "antiquário". A busca por uma arma antiga e rara ꟷ até hoje cobiçada ꟷ enseja boa parte da ação, ao mesmo tempo que entender como ela veio parar no Brasil e os caminhos tortuosos que percorreu formam um mistério à parte. Tudo acaba culminando numa caçada insólita, em que um velho nazista precisa acertar contas com seu passado, enquanto reminiscências do III Reich parecem latentes sob uma aparente normalidade interiorana. São constantes as referências – diretas ou sutis – a respeito da literatura e cinema dos anos 70, 80 e 90, o que remete a certa nostalgia, ao mesmo tempo que serve para a caracterização de cada personagem. O texto é fluido, de cadência equilibrada, e busca sustentar a atenção do leitor para além da amarração da trama, demandando atenção para o contexto histórico, político e econômico do período em que se passa (início do século XXI).