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Durante a caminhada cheia de dúvidas de nossa curta jornada, nossos corpos carregam diariamente o peso da existência, a individual (extremamente egoísta) e a coletiva (nada altruísta). No meio da caminhada, paramos em momentos de reflexão, procurando respostas sobre a própria caminhada, sobre o peso nas costas colocado por nós mesmos ou milhares de outros, sobre o que sentimos, pensamos ou queremos (e, na maioria das vezes, nem sabemos). “Partes nós sós corpos” não procura respostas, mas sim expor a confusão do ser (humano), representado por poemas esquartejados de partes de nossos corpos: mente, braços, pernas, estômago, útero e outros órgãos/membros dissecados em formato de sonetos, pseudo-haikais, poetrix, cordéis, prosas, concretismo e paralelepípedos (pedrada) de pensamentos. Metáforas para reflexões de temas cotidianos modernos como: neurodiversidade, transtorno de dependência de tela, violência doméstica, linguagem digital, hiperexposição em redes, ansiedade, amor próprio, trabalho compulsivo, objetificação do amor, desigualdade social, população em situação de rua, polarização político-social, criminalização do aborto. Uma autópsia poética sobre o existir na modernidade líquida do capitalismo tardio, tão plural, imenso, intenso, tão individual, mesquinho, desigual, uma colônia frankenstein monstruosamente humana, a cada dia mais “sós” do que “nós”.
Por Emil Sou_toS
Poesia