Narradora de sua própria história, Débora e sua dupla identidade vinham dando certo há alguns anos; de dia, no trabalho, ela era uma cidadã exemplar, cordial e simpática, conseguindo, assim, manter sua máscara na frente de todos. Só quem realmente conhecia sua verdadeira face eram os homens que ela matava e, felizmente, pessoas mortas não falam. Em um ritmo frenético, com certa irreverência e crueza, Débora conta, com riqueza de detalhes, como deu cabo da vida de sujeitos que, de inocentes, não tinham nada. Contudo sua vida dupla pode estar com os dias contados, quando seu comprometedor caderno de anotações desaparece tornando a realidade da protagonista em um espiral de acontecimentos imprevisíveis.