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Ruscello

Quando criança, especialmente na escola, Ruscello era visto como o esquisito, o estranho… um julgamento acompanhado de bullying e agressões físicas. Não por causa da orientação sexual, mas pelo comportamento atípico que com que se expressava. Apesar de melancólico seu semblante era pouco expressivo e a comunicação muito limitada. Nas aluas de artes enquanto outras crianças desenhavam paisagens, animais e carros, ele desenhava monstros, lobisomens e magos, bem como bruxas e florestas horripilantes. Havia nele um profundo fascínio pela estética sombria das coisas, tendo em vista que, para ele, não existia nada mais bonito que uma chuva forte ou um dia frio escurecido por nuvens negras. Durante a vida teve duas perdas irreparáveis. A primeira foi do primeiro amor, que morreu muito jovem vítima de um câncer. A segunda foi do querido primo/irmão, que também faleceu por decorrência de um câncer que se alastrou, ainda muito jovem. Se foi punição ele não sabe, mas é certo que estas são agonias que ainda o atormentam diariamente.
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